Três estudantes, pertencentes a escolas públicas de Belo Horizonte e Pirajuba (MG) e de Brasília, vão representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática, em Amsterdã, Holanda, de 16 a 24 de julho. Esses estudantes ganharam medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) em 2010.
Maria Clara Mendes Silva, 16 anos, cursa a terceira série do ensino médio noturno na Escola Estadual Coronel Oscar Castro, em Pirajuba, no Triângulo Mineiro. Ela participa de competições desde o quinto ano do ensino fundamental e, entre suas conquistas, estão seis medalhas de ouro na Obmep; duas de ouro, uma de prata e uma de bronze na OBM. Já Henrique Gasparini Fiúza do Nascimento, 15 anos, estudante do Colégio Militar de Brasília e André Macieira Braga Costa, 16, do Colégio Militar de Belo Horizonte, cursam o segundo ano do ensino médio. O estudante brasiliense participa da Obmep desde 2005 e já conquistou seis medalhas de ouro. Na OBM, foi medalha de prata em 2010.
Na olimpíada internacional, cada país pode enviar seis alunos do ensino médio. Completam a equipe brasileira nesta competição três estudantes de escolas particulares, medalhistas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) — Deborah Barbosa Alves, de São Paulo; Gustavo Lisboa Empinotti, de Florianópolis, e João Lucas Camelo Sá, de Fortaleza.
Estudantes de aproximadamente cem nações participam da olimpíada.
disponível em: (www.pantanalnews.com.br)
O blog A Qualidade do Ensino Público Brasileiro,foi criado Através de um projeto Chamado:"Leio,Logo Escrevo" da Profª Cássia, do Colégio Estadual Santa Cândida, com o intuito de mostrar a realidade do Ensino Público nas escolas de nosso país. A situação em algumas escolas públicas brasileiras é crítica em vários aspectos, necessitando de medidas urgentes, e uma melhor visualização por parte das pessoas e de nossos representantes do governo.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Para aluno, professor vê homossexualismo como promiscuidade
Houve um tempo em que a escola explicava a reprodução humana somente quando questionada por alunos e ainda usava a "história da cegonha" para cessar a curiosidade estudantil. A crença era de que falar sobre orientação sexual era papel dos pais e não dos professores. De uns tempos pra cá, o cenário mudou. Iniciação sexual, preservação, gravidez na adolescência e até mesmo abuso sexual são discutidos em sala de aula. A situação aparentemente avançada deixa de lado um item: a diversidade sexual. As escolas preferem ignorar a homossexualidade e acabam abrindo espaço para a homofobia.
É o que mostram estudos como a pesquisa feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, que, no ano de 2009, ouviu 18,5 mil alunos, pais, diretores, professores e funcionários de colégios no país. Intitulado Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, o documento mostrou que 87,3% da comunidade educacional apresenta preconceito homossexual.
Estudante de 17 anos, Paulo Henrique Cânara confirma essa realidade. O aluno de uma escola pública de Campinas, em São Paulo, assumiu sua orientação sexual no ano passado. Segundo ele, foi muito bem aceito pela mãe, mas encontrou dificuldades na escola. "Alguns meninos já tentaram me agredir por eu ser gay, mas minhas amigas me defenderam", conta. Paulo Henrique ainda explica que a discriminação não ocorre somente por parte dos colegas. "Já sofri preconceito de professores também. Eles são muito mal informados e veem a homossexualidade e a bissexualidade como algo promíscuo".
Outro estudo, Revelando Tramas, Descobrindo Segredos: Violência e Convivência nas Escolas, publicado pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, também confirma esta realidade. Fazendo uso de uma amostra de 10 mil estudantes e 1.500 professores do Distrito Federal, o documento mostrou que 63,1% dos entrevistados alegaram já ter visto homossexuais sofrerem preconceito e mais da metade dos professores afirmam já ter presenciado cenas discriminatórias. Além disso, 44,4% dos meninos e 15% das meninas afirmaram que não gostariam de ter um colega homossexual na sala de aula.
A hostilidade em algumas escolas é tão grande que obriga estudantes gays a deixarem a instituição. Rafael*, 15 anos, teve que trocar de colégio no início deste ano. O estudante do 1º ano do Ensino Médio de uma escola particular de São Paulo conta que se sentia diferente em relação aos amigos desde criança, mas até então, não tinha se assumido para os amigos, somente para seus pais, havia pouco tempo. Porém, um vídeo seu beijando outro menino foi parar no YouTube durante as férias escolares. "No primeiro dia de aula deste ano, entraram na minha sala e me jogaram purpurina. Fui vítima de bullying diário. Inclusive me proibiram de entrar no banheiro masculino. Preferi trocar de escola", conta.
Foi com o objetivo de mudar essa realidade e diminuir a homofobia nas escolas que o Ministério da Educação (MEC) propôs o "Kit Gay", como ficou conhecido o projeto contra o preconceito sexual voltada para escolas públicas do país. Contudo, a presidente Dilma Rousseff suspendeu-o por considerar os filmes da campanha inadequados. Para Lula Ramires, mestre em Educação pela USP que colaborou com a elaboração do projeto Escola Sem Homofobia do MEC, a decisão foi um retrocesso. "O grande temor da parcela tradicionalmente conservadora e moralista da sociedade é que, ao tratar da diversidade sexual na escola, estaremos incitando ou ¿fazendo a cabeça' de nossas alunas e alunos", afirma.
Para Ramires, a campanha proposta pelo MEC visa somente a informar para que o preconceito seja diminuído e para que estudantes homossexuais não frequentem um ambiente hostil de aprendizado. Em sua tese de mestrado pela USP, o educador entrevistou oito jovens homossexuais que narraram sua trajetória acadêmica. Todos definiram a escola como um verdadeiro "inferno". "Eles sofreram muita violência verbal e física. Um deles, inclusive, teve o braço quebrado pelos colegas", conta.
O também coordenador da associação Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor (CORSA) afirma que o material do ministério tinha outro papel fundamental: universalizar a abordagem do tema nas escolas. "Muitos educadores gostariam de tratar essa temática em sala de aula e não sabem como", diz. Desde 2001, o CORSA realiza projetos de educação continuada para docentes da rede pública, voltados à temática da diversidade sexual na escola.
"Sempre optamos por fazer o trabalho diretamente com educadores, que são multiplicadores naturais: lidam a cada ano com centenas de alunos diferentes", explica. Ramires conta que a reação geral sempre foi muito receptiva. "Na maioria das vezes, os profissionais diziam se ressentir de não ter maior informação sobre o tema, seja na licenciatura que cursaram na faculdade, seja nas formações oferecidas pelas redes de ensino".
Ainda segundo Ramires, a maioria das instituições de ensino opta por não falar sobre homofobia, e o que se vê hoje em dia são ações isoladas de alguns educadores. O professor de história José Carlos Rocha Vieira Júnior, de uma escola pública de Campinas (SP), é um exemplo de quem luta pelo fim da homofobia nas escolas sozinho. Todos os anos, Vieira Júnior distribui para seus alunos uma apostila intitulada Homofobia? Tô fora!, na qual aborda aspectos de diversidade sexual e explica a legislação da Constituição Federal que defende a diversidade acima de tudo. Além disso, o professor também promove, anualmente, uma palestra na escola, na qual profissionais convidados falam com os alunos sobre homossexualidade. Apesar de ter recebido aval da direção do colégio para realizar os dois projetos, Vieira Júnior conta que nunca recebeu apoio dos outros professores.
"Desenvolvo isso em minha escola desde 2004 e nenhum professor de outro período quis abraçar esse projeto que é extremamente simples, direto e que funciona. Professor que não combate qualquer tipo de preconceito não é professor", fala.
Campanhas isoladas também partem dos próprios alunos. O estudante Paulo Henrique conta que passou a sofrer menos com o preconceito quando entendeu a legislação do Brasil sobre diversidade sexual. Para ele, se todos os estudantes fossem bem informados sobre a homossexualidade e a bissexualidade, além da homofobia diminuir, os alunos gays passariam a sofrer menos com "brincadeiras de mau gosto". Por isso, o aluno já propôs uma série de palestras sobre a temática na sua escola e a criação de um grupo de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT). "A direção do meu colégio já aprovou, e eu devo começar o projeto no próximo semestre", conta.
Preconceito varia conforme nível de escolaridade, aponta estudo
Lançado em junho deste ano, um estudo realizado pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo Stiftung (RLS), em 150 municípios brasileiros em todas as regiões do País, mostra que a escolaridade é um fator determinante contra o preconceito homossexual.
O estudo tinha como objetivo analisar o comportamento de pessoas com tendências homofóbicas. Realizado entre 2008 e 2009, com 2.014 pessoas, a pesquisa avaliou as diferenças de preconceito entre as regiões, idade da população, renda, religião, entre outras. Nenhuma das variáveis apresentou diferença tão drástica quanto a escolaridade.
De acordo com os dados, enquanto metade dos brasileiros que nunca frequentaram a escola assumem comportamentos homofóbicos, apenas um em cada dez brasileiros que cursaram o ensino superior sentem preconceito por homossexuais.
Para o sociólogo e coordenador da pesquisa, Gustavo Venturi, os resultados mostram que o principal ambiente para combater a homofobia são as instituições de ensino. "O primeiro meio de socialização de uma pessoa é na família, mas ali o Estado não pode intervir. Então, se um pai criar seu filho com tendências homofóbicas vai ser somente na escola - segundo meio de socialização de uma criança - que ele poderá mudar de comportamento. É nos colégios que o Estado deve criar políticas públicas para combater comportamentos preconceituosos", afirma.
disponível em: (www.terra.com.br/notícias)
É o que mostram estudos como a pesquisa feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, que, no ano de 2009, ouviu 18,5 mil alunos, pais, diretores, professores e funcionários de colégios no país. Intitulado Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, o documento mostrou que 87,3% da comunidade educacional apresenta preconceito homossexual.
Estudante de 17 anos, Paulo Henrique Cânara confirma essa realidade. O aluno de uma escola pública de Campinas, em São Paulo, assumiu sua orientação sexual no ano passado. Segundo ele, foi muito bem aceito pela mãe, mas encontrou dificuldades na escola. "Alguns meninos já tentaram me agredir por eu ser gay, mas minhas amigas me defenderam", conta. Paulo Henrique ainda explica que a discriminação não ocorre somente por parte dos colegas. "Já sofri preconceito de professores também. Eles são muito mal informados e veem a homossexualidade e a bissexualidade como algo promíscuo".
Outro estudo, Revelando Tramas, Descobrindo Segredos: Violência e Convivência nas Escolas, publicado pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, também confirma esta realidade. Fazendo uso de uma amostra de 10 mil estudantes e 1.500 professores do Distrito Federal, o documento mostrou que 63,1% dos entrevistados alegaram já ter visto homossexuais sofrerem preconceito e mais da metade dos professores afirmam já ter presenciado cenas discriminatórias. Além disso, 44,4% dos meninos e 15% das meninas afirmaram que não gostariam de ter um colega homossexual na sala de aula.
A hostilidade em algumas escolas é tão grande que obriga estudantes gays a deixarem a instituição. Rafael*, 15 anos, teve que trocar de colégio no início deste ano. O estudante do 1º ano do Ensino Médio de uma escola particular de São Paulo conta que se sentia diferente em relação aos amigos desde criança, mas até então, não tinha se assumido para os amigos, somente para seus pais, havia pouco tempo. Porém, um vídeo seu beijando outro menino foi parar no YouTube durante as férias escolares. "No primeiro dia de aula deste ano, entraram na minha sala e me jogaram purpurina. Fui vítima de bullying diário. Inclusive me proibiram de entrar no banheiro masculino. Preferi trocar de escola", conta.
Foi com o objetivo de mudar essa realidade e diminuir a homofobia nas escolas que o Ministério da Educação (MEC) propôs o "Kit Gay", como ficou conhecido o projeto contra o preconceito sexual voltada para escolas públicas do país. Contudo, a presidente Dilma Rousseff suspendeu-o por considerar os filmes da campanha inadequados. Para Lula Ramires, mestre em Educação pela USP que colaborou com a elaboração do projeto Escola Sem Homofobia do MEC, a decisão foi um retrocesso. "O grande temor da parcela tradicionalmente conservadora e moralista da sociedade é que, ao tratar da diversidade sexual na escola, estaremos incitando ou ¿fazendo a cabeça' de nossas alunas e alunos", afirma.
Para Ramires, a campanha proposta pelo MEC visa somente a informar para que o preconceito seja diminuído e para que estudantes homossexuais não frequentem um ambiente hostil de aprendizado. Em sua tese de mestrado pela USP, o educador entrevistou oito jovens homossexuais que narraram sua trajetória acadêmica. Todos definiram a escola como um verdadeiro "inferno". "Eles sofreram muita violência verbal e física. Um deles, inclusive, teve o braço quebrado pelos colegas", conta.
O também coordenador da associação Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor (CORSA) afirma que o material do ministério tinha outro papel fundamental: universalizar a abordagem do tema nas escolas. "Muitos educadores gostariam de tratar essa temática em sala de aula e não sabem como", diz. Desde 2001, o CORSA realiza projetos de educação continuada para docentes da rede pública, voltados à temática da diversidade sexual na escola.
"Sempre optamos por fazer o trabalho diretamente com educadores, que são multiplicadores naturais: lidam a cada ano com centenas de alunos diferentes", explica. Ramires conta que a reação geral sempre foi muito receptiva. "Na maioria das vezes, os profissionais diziam se ressentir de não ter maior informação sobre o tema, seja na licenciatura que cursaram na faculdade, seja nas formações oferecidas pelas redes de ensino".
Ainda segundo Ramires, a maioria das instituições de ensino opta por não falar sobre homofobia, e o que se vê hoje em dia são ações isoladas de alguns educadores. O professor de história José Carlos Rocha Vieira Júnior, de uma escola pública de Campinas (SP), é um exemplo de quem luta pelo fim da homofobia nas escolas sozinho. Todos os anos, Vieira Júnior distribui para seus alunos uma apostila intitulada Homofobia? Tô fora!, na qual aborda aspectos de diversidade sexual e explica a legislação da Constituição Federal que defende a diversidade acima de tudo. Além disso, o professor também promove, anualmente, uma palestra na escola, na qual profissionais convidados falam com os alunos sobre homossexualidade. Apesar de ter recebido aval da direção do colégio para realizar os dois projetos, Vieira Júnior conta que nunca recebeu apoio dos outros professores.
"Desenvolvo isso em minha escola desde 2004 e nenhum professor de outro período quis abraçar esse projeto que é extremamente simples, direto e que funciona. Professor que não combate qualquer tipo de preconceito não é professor", fala.
Campanhas isoladas também partem dos próprios alunos. O estudante Paulo Henrique conta que passou a sofrer menos com o preconceito quando entendeu a legislação do Brasil sobre diversidade sexual. Para ele, se todos os estudantes fossem bem informados sobre a homossexualidade e a bissexualidade, além da homofobia diminuir, os alunos gays passariam a sofrer menos com "brincadeiras de mau gosto". Por isso, o aluno já propôs uma série de palestras sobre a temática na sua escola e a criação de um grupo de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (LGBT). "A direção do meu colégio já aprovou, e eu devo começar o projeto no próximo semestre", conta.
Preconceito varia conforme nível de escolaridade, aponta estudo
Lançado em junho deste ano, um estudo realizado pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo Stiftung (RLS), em 150 municípios brasileiros em todas as regiões do País, mostra que a escolaridade é um fator determinante contra o preconceito homossexual.
O estudo tinha como objetivo analisar o comportamento de pessoas com tendências homofóbicas. Realizado entre 2008 e 2009, com 2.014 pessoas, a pesquisa avaliou as diferenças de preconceito entre as regiões, idade da população, renda, religião, entre outras. Nenhuma das variáveis apresentou diferença tão drástica quanto a escolaridade.
De acordo com os dados, enquanto metade dos brasileiros que nunca frequentaram a escola assumem comportamentos homofóbicos, apenas um em cada dez brasileiros que cursaram o ensino superior sentem preconceito por homossexuais.
Para o sociólogo e coordenador da pesquisa, Gustavo Venturi, os resultados mostram que o principal ambiente para combater a homofobia são as instituições de ensino. "O primeiro meio de socialização de uma pessoa é na família, mas ali o Estado não pode intervir. Então, se um pai criar seu filho com tendências homofóbicas vai ser somente na escola - segundo meio de socialização de uma criança - que ele poderá mudar de comportamento. É nos colégios que o Estado deve criar políticas públicas para combater comportamentos preconceituosos", afirma.
disponível em: (www.terra.com.br/notícias)
Educação discute obrigatoriedade do ensino religioso
A Comissão de Educação e Cultura realizará audiência pública nesta terça-feira (28) para discutir o Projeto de Lei 309/11, do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que torna o ensino religioso disciplina obrigatória nos currículos do ensino fundamental. O debate foi proposto pelo relator da proposta, deputado Pedro Uczai (PT-SC).
O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei 9.394/96). A lei diz que “o ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”.
O projeto acrescenta que a disciplina é obrigatória tanto nas escolas públicas como nas particulares, mas mantém o caráter facultativo (opcional) da matrícula. Conforme a proposta, a escola oferecerá ao aluno que não optar pelo ensino religioso, nos mesmos turnos e horários, disciplina voltada para a formação da ética e da cidadania, incluídas na programação curricular”.
Foram convidados:
- o ministro da Educação, Fernando Haddad;
- a ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário;
- o coordenador do Fórum Permanente de Ensino Religioso (Fonaper), Elcio Cechetti.
A reunião será realizada às 14h30, no Plenário 10, no dia 27/06
disponível em:(www.camara.gov.br)
O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei 9.394/96). A lei diz que “o ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”.
O projeto acrescenta que a disciplina é obrigatória tanto nas escolas públicas como nas particulares, mas mantém o caráter facultativo (opcional) da matrícula. Conforme a proposta, a escola oferecerá ao aluno que não optar pelo ensino religioso, nos mesmos turnos e horários, disciplina voltada para a formação da ética e da cidadania, incluídas na programação curricular”.
Foram convidados:
- o ministro da Educação, Fernando Haddad;
- a ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário;
- o coordenador do Fórum Permanente de Ensino Religioso (Fonaper), Elcio Cechetti.
A reunião será realizada às 14h30, no Plenário 10, no dia 27/06
disponível em:(www.camara.gov.br)
Nova secretaria do MEC anuncia o Sistema Nacional de Educação
O governo federal acaba de criar, dentro da nova estrutura do Ministério da Educação (MEC), a Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase). As ações da nova secretaria serão executadas através de três setores: Diretoria de Cooperação e Planos de Educação, Diretoria de Articulação dos Sistemas de Ensino e a Diretoria de Valorização dos Profissionais da Educação.
Em entrevista exclusiva a Agência Política Real, o piauiense Antonio José de Medeiros – que já ocupou vários cargos na administração pública e disputou várias eleições (a última foi para senador) e deu grande contribuição para o desenvolvimento social em seu estado - fala do papel da Sase.
Afirma que a nova secretaria tem como objetivos macros executar o princípio constitucional da regulamentação do regime de colaboração, e construir um Sistema Nacional de Educação “que garanta um padrão único, ou pelos menos mínimo, de qualidade para a educação, com a participação efetiva da União, estados e municípios”.
Nessa entrevista, Antonio Medeiros discorre um pouco sobre as ações de cada uma das três diretorias da Sase – incluindo a Diretoria de Cooperação e Planos de Educação, para a qual foi convidado pelo governo federal para ser o titular.
entrevista completa disponível em: (www.jornalpequeno.com.br)
Em entrevista exclusiva a Agência Política Real, o piauiense Antonio José de Medeiros – que já ocupou vários cargos na administração pública e disputou várias eleições (a última foi para senador) e deu grande contribuição para o desenvolvimento social em seu estado - fala do papel da Sase.
Afirma que a nova secretaria tem como objetivos macros executar o princípio constitucional da regulamentação do regime de colaboração, e construir um Sistema Nacional de Educação “que garanta um padrão único, ou pelos menos mínimo, de qualidade para a educação, com a participação efetiva da União, estados e municípios”.
Nessa entrevista, Antonio Medeiros discorre um pouco sobre as ações de cada uma das três diretorias da Sase – incluindo a Diretoria de Cooperação e Planos de Educação, para a qual foi convidado pelo governo federal para ser o titular.
entrevista completa disponível em: (www.jornalpequeno.com.br)
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Paraná destaca-se na Olimpíada de Matemática 2011
O Paraná foi o estado da região Sul que obteve melhor resultado na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). O vice-governador e secretário de Estado da Educação, Flávio Arns, recebeu o troféu das mãos de César Camacho, diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), nesta terça-feira (14), em Curitiba. “A premiação valoriza uma área de grande importância para o crescimento humano e social. O objetivo a ser alcançado é tornar a educação no Paraná a melhor do Brasil”, afirmou Arns.
A premiação aconteceu durante a cerimônia de entrega das medalhas de prata e bronze aos alunos que participaram da OBMEP realizada no ano passado. Troféus, kits e certificados de menção honrosa também foram entregues para alunos, escolas e professores. “Esses alunos foram abençoados por um grande talento, que foi aprimorado pela família e por professores capacitados”, ressaltou Flávio Arns.
A superintendente de Educação da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Meroujy Cavet, enalteceu a importância de eventos como este. “Hoje é dia de comemoração. Tivemos um número significativo de alunos, professores e escolas premiados, com uma pontuação elevada”, afirmou a superintendente.
Das 198 medalhas entregues para estudantes do Paraná, 149 foram para alunos das escolas públicas da rede estadual de ensino. Os alunos medalhistas receberam uma bolsa de estudos de Iniciação Científica Júnior com duração de um ano, oferecida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O desafio motivou a aluna Sabrina Bianca Marmentini, medalha de bronze do Colégio Estadual João Mondrone, em Medianeira, a se inscrever na OBMEP. “Achava complicado a matemática, então comecei a prestar mais atenção nas aulas e consegui entender a matéria. Contei com todo apoio da escola e a premiação foi um reconhecimento do meu esforço. Com as olimpíadas, aprendi que tenho que me esforçar muito para alcançar meus objetivos. Foi uma superação”, afirmou.
OURO – A Cerimônia Nacional de Premiação OBMEP 2010 será realizada no dia 21 de junho de 2011, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Serão entregues 32 medalhas de ouro para os estudantes paranaenses. O evento reunirá os 504 alunos premiados com medalhas de ouro da OBMEP 2010 de todo o País, juntamente com os que obtiveram melhor pontuação nas unidades federativas que não receberam medalhas de ouro.
No total, são distribuídas 3.200 medalhas, sendo 500 de ouro, 900 de prata e 1.800 de bronze. As provas são aplicadas em três níveis, de acordo com o grau de escolaridade, e desenvolvidas em duas fases: a primeira consiste na aplicação de prova objetiva (múltipla escolha) e a segunda na aplicação de prova discursiva. Os exames são corrigidos por matemáticos profissionais.
A OBMEP é resultado da parceria entre o Ministério da Educação (MEC), o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Conta ainda com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq) e da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).
O objetivo é estimular o estudo da matemática e contribuir de maneira significativa para a melhoria da qualidade da educação básica, promovendo a integração das escolas públicas com as universidades públicas, os institutos de pesquisa e sociedades científicas. Também promove a inclusão social por meio da difusão do conhecimento e identifica jovens talentos, incentivando seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas, além de aperfeiçoar os professores contribuindo assim, para a sua valorização profissional.
disponível em:www.aen.pr.gov.br
A premiação aconteceu durante a cerimônia de entrega das medalhas de prata e bronze aos alunos que participaram da OBMEP realizada no ano passado. Troféus, kits e certificados de menção honrosa também foram entregues para alunos, escolas e professores. “Esses alunos foram abençoados por um grande talento, que foi aprimorado pela família e por professores capacitados”, ressaltou Flávio Arns.
A superintendente de Educação da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Meroujy Cavet, enalteceu a importância de eventos como este. “Hoje é dia de comemoração. Tivemos um número significativo de alunos, professores e escolas premiados, com uma pontuação elevada”, afirmou a superintendente.
Das 198 medalhas entregues para estudantes do Paraná, 149 foram para alunos das escolas públicas da rede estadual de ensino. Os alunos medalhistas receberam uma bolsa de estudos de Iniciação Científica Júnior com duração de um ano, oferecida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O desafio motivou a aluna Sabrina Bianca Marmentini, medalha de bronze do Colégio Estadual João Mondrone, em Medianeira, a se inscrever na OBMEP. “Achava complicado a matemática, então comecei a prestar mais atenção nas aulas e consegui entender a matéria. Contei com todo apoio da escola e a premiação foi um reconhecimento do meu esforço. Com as olimpíadas, aprendi que tenho que me esforçar muito para alcançar meus objetivos. Foi uma superação”, afirmou.
OURO – A Cerimônia Nacional de Premiação OBMEP 2010 será realizada no dia 21 de junho de 2011, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Serão entregues 32 medalhas de ouro para os estudantes paranaenses. O evento reunirá os 504 alunos premiados com medalhas de ouro da OBMEP 2010 de todo o País, juntamente com os que obtiveram melhor pontuação nas unidades federativas que não receberam medalhas de ouro.
No total, são distribuídas 3.200 medalhas, sendo 500 de ouro, 900 de prata e 1.800 de bronze. As provas são aplicadas em três níveis, de acordo com o grau de escolaridade, e desenvolvidas em duas fases: a primeira consiste na aplicação de prova objetiva (múltipla escolha) e a segunda na aplicação de prova discursiva. Os exames são corrigidos por matemáticos profissionais.
A OBMEP é resultado da parceria entre o Ministério da Educação (MEC), o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Conta ainda com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq) e da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).
O objetivo é estimular o estudo da matemática e contribuir de maneira significativa para a melhoria da qualidade da educação básica, promovendo a integração das escolas públicas com as universidades públicas, os institutos de pesquisa e sociedades científicas. Também promove a inclusão social por meio da difusão do conhecimento e identifica jovens talentos, incentivando seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas, além de aperfeiçoar os professores contribuindo assim, para a sua valorização profissional.
disponível em:www.aen.pr.gov.br
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Entre dois mundos: professora dá aula em escola pública e privada!!! Anaídes conta as semelhanças e diferenças do trabalho em duas instituições de São Paulo com realidades distintas
Separados por 170 milhões de metros cúbicos de água da segunda maior represa da cidade de São Paulo, o colégio Humboldt e a Escola Estadual Paulo Octavio de Azevedo parecem pertencer a mundos diferentes. A particular é bilíngue (alemão-português), fica no Jardim Ipanema, bairro de classe média próximo à Represa do Guarapiranga, na zona sul da cidade, em uma área arborizada de 60 mil metros quadrados, com teatro, ginásio de esportes e mensalidades de R$ 1,7 mil. A menos de sete quilômetros dali, do outro lado da represa, no alto de um morro e vizinha a uma favela, está a escola estadual, na Capela do Socorro, em uma área de cerca de 20 mil metros quadrados, com uma quadra descoberta e um ponto do Acessa São Paulo – central de internet gratuita –, bastante usado pelos moradores.
Em linha reta, cruzando as águas, a distância cai para três quilômetros. E em aulas de português do ensino médio, a diferença é menor ainda. Elas têm algo 100% em comum: a professora de Língua Portuguesa Anaídes Maria da Silva, de 40 anos. O que ela faz em uma escola, diz que faz na outra também – ainda que por menos de um terço do salário.
Anaídes dá aula para três turmas da 2ª série do ensino médio e três do último ano desta etapa, tanto na particular quanto na pública. Por 25 aulas semanais, recebe cerca de R$ 1.500 na escola estadual. Por uma aula a menos na particular, ganha três vezes mais. Há coisas que o dinheiro não compra e também não explica. “Eu amo o Estado, porque amo o aluno do Estado”, diz.
Sendo que a particular paga R$ 40 a hora aula e a pública, R$ 8, Anaídes poderia aumentar sua carga horária ou optar por trabalhar em uma segunda escola particular – caminho mais curto para a compra da casa própria. Mas ela não quer. A superação e o esforço de cada aluno para estudar valem a diferença. “Trabalho na rede pública há 15 anos porque gosto. Gosto dos estudantes, dos colegas, da liberdade e da união que os professores têm. Não faço trabalho voluntário.”
Disputa pela atenção
Dos dois lados da Represa, o desafio de Anaídes é igual: prender a atenção dos adolescentes e trabalhar a leitura e a escrita. A geração que já nasceu acostumada com a internet se dispersa por qualquer motivo: o barulho da chuva que cai mais forte de uma hora pra outra, um aluno que levanta para pegar um livro no armário, a palavra “toalete” que a professora pronúncia com um “lh” a mais (“toalhete”).
Anaídes usa analogias, brincadeiras e referências atuais para prender a atenção. A idealização do índio na obra do romancista José de Alencar é explicada assim: “Iracema é uma índia linda, bonita. Tem ‘lábios de mel’. Ela não tem bafo (risos dos alunos). Isso é Romantismo, gente”, diz, em aula que o iG acompanhou no Colégio Humboldt.
Apesar do abismo social que separa as duas escolas, Anaídes conta que as táticas para segurar a atenção dos estudantes são as mesmas. “Eles gostam de ‘professor show’. E eu sou a mesma nas duas escolas”. A infraestrutura também não faz diferença, pois além do giz, Anaídes usa apenas o datashow para apresentar trabalhos e filmes – equipamento presente nas duas unidades.
Já a dinâmica da aula muda um pouco. Na escola estadual, os alunos têm mais dificuldade com compreensão de texto e redação. Anaídes conta que trabalhou a mesma redação com um aluno por mais de um mês. A proposta era comparar a paixão pela língua portuguesa, a partir do documentário “Vidas em português”, que mostra cenas em diferentes países lusófonos. “A primeira versão estava ininteligível, mas tinha uma frase maravilhosa ali. Mostrei para o aluno e ele ficou envaidecido em perceber que tinha escrito algo genial. Ele refez oito vezes, até a redação inteira ficar maravilhosa.”
Segurança
O acesso às escolas é bem diferente. Para chegar à Paulo Octavio, é preciso enfrentar o caótico trânsito da Estrada do M’Boi Mirim – motivo de seguidos protestos dos moradores da região – seguir por uma longa ladeira e depois por ruas estreitas, entre sobrados de tijolos aparentes, onde as linhas de ônibus não chegam. Já o Humboldt, fica em uma rua arborizada, em um bairro planejado, com estacionamento interno, cancelas e controle de carros na entrada.
Anaídes afirma que a Paulo Octavio é segura. Escola pequena, com dez turmas de ensino médio no noturno – período no qual ela trabalha – e com no máximo trinta alunos por sala de aula, nunca teve problemas graves com disciplina e violência em sala de aula. Do lado de fora, a menos de 100 metros da entrada da escola, há uma “boca” (ponto de venda de drogas), mas a professora garante que traficantes não atrapalham a escola.
Para “não ostentar”, ela anda com um carro popular, sem ar condicionado e sem rádio. O aparelho foi roubado na porta da escola, por um “maninho” do bairro. “Os meus alunos sabiam quem foi e queriam ir atrás, mas achei melhor deixar quieto”, conta.
Além do amor pelos alunos e pela equipe da escola pública, a segurança de ser efetiva no Estado também conta. “Meu pai teve que se exilar durante a Ditadura Militar e sei o que é passar necessidade. Por isso valorizo ter um emprego garantido.” O mestrado em História da Ciência, sobre o poeta Augusto de Campos, feito na PUC-SP, foi bancado por um programa do Estado, outro ponto positivo que ela destaca.
Exceção
Anaídes não é regra. É exceção. Nas escolas particulares de elite de São Paulo, é difícil encontrar professores que se dividam em escolas públicas diante da diferença brutal de salário. “Todo professor deveria trabalhar pelo menos um período da carreira na rede pública. A gente aprende muito”, diz.
Infelizmente, a reportagem do iG não pôde acompanhar como é o trabalho da professora Anaídes na Escola Estadual Professor Paulo Octavio de Azevedo porque não foi autorizada. A Secretaria de Estado da Educação afirmou que a presença da reportagem “atrapalharia o processo pedagógico” e não permitiu a entrada nem para fotografar a professora.
VEJA O MAPA, E A DISTÂNCIA ENTRE UMA ESCOLA E OUTRA
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/entre+dois+mundos+professora+da+aula+em+escola+publica+e+privada/n1597027289143.html
disponível em:(www.ultimosegundo.ig.com.br)
Em linha reta, cruzando as águas, a distância cai para três quilômetros. E em aulas de português do ensino médio, a diferença é menor ainda. Elas têm algo 100% em comum: a professora de Língua Portuguesa Anaídes Maria da Silva, de 40 anos. O que ela faz em uma escola, diz que faz na outra também – ainda que por menos de um terço do salário.
Anaídes dá aula para três turmas da 2ª série do ensino médio e três do último ano desta etapa, tanto na particular quanto na pública. Por 25 aulas semanais, recebe cerca de R$ 1.500 na escola estadual. Por uma aula a menos na particular, ganha três vezes mais. Há coisas que o dinheiro não compra e também não explica. “Eu amo o Estado, porque amo o aluno do Estado”, diz.
Sendo que a particular paga R$ 40 a hora aula e a pública, R$ 8, Anaídes poderia aumentar sua carga horária ou optar por trabalhar em uma segunda escola particular – caminho mais curto para a compra da casa própria. Mas ela não quer. A superação e o esforço de cada aluno para estudar valem a diferença. “Trabalho na rede pública há 15 anos porque gosto. Gosto dos estudantes, dos colegas, da liberdade e da união que os professores têm. Não faço trabalho voluntário.”
Disputa pela atenção
Dos dois lados da Represa, o desafio de Anaídes é igual: prender a atenção dos adolescentes e trabalhar a leitura e a escrita. A geração que já nasceu acostumada com a internet se dispersa por qualquer motivo: o barulho da chuva que cai mais forte de uma hora pra outra, um aluno que levanta para pegar um livro no armário, a palavra “toalete” que a professora pronúncia com um “lh” a mais (“toalhete”).
Anaídes usa analogias, brincadeiras e referências atuais para prender a atenção. A idealização do índio na obra do romancista José de Alencar é explicada assim: “Iracema é uma índia linda, bonita. Tem ‘lábios de mel’. Ela não tem bafo (risos dos alunos). Isso é Romantismo, gente”, diz, em aula que o iG acompanhou no Colégio Humboldt.
Apesar do abismo social que separa as duas escolas, Anaídes conta que as táticas para segurar a atenção dos estudantes são as mesmas. “Eles gostam de ‘professor show’. E eu sou a mesma nas duas escolas”. A infraestrutura também não faz diferença, pois além do giz, Anaídes usa apenas o datashow para apresentar trabalhos e filmes – equipamento presente nas duas unidades.
Já a dinâmica da aula muda um pouco. Na escola estadual, os alunos têm mais dificuldade com compreensão de texto e redação. Anaídes conta que trabalhou a mesma redação com um aluno por mais de um mês. A proposta era comparar a paixão pela língua portuguesa, a partir do documentário “Vidas em português”, que mostra cenas em diferentes países lusófonos. “A primeira versão estava ininteligível, mas tinha uma frase maravilhosa ali. Mostrei para o aluno e ele ficou envaidecido em perceber que tinha escrito algo genial. Ele refez oito vezes, até a redação inteira ficar maravilhosa.”
Segurança
O acesso às escolas é bem diferente. Para chegar à Paulo Octavio, é preciso enfrentar o caótico trânsito da Estrada do M’Boi Mirim – motivo de seguidos protestos dos moradores da região – seguir por uma longa ladeira e depois por ruas estreitas, entre sobrados de tijolos aparentes, onde as linhas de ônibus não chegam. Já o Humboldt, fica em uma rua arborizada, em um bairro planejado, com estacionamento interno, cancelas e controle de carros na entrada.
Anaídes afirma que a Paulo Octavio é segura. Escola pequena, com dez turmas de ensino médio no noturno – período no qual ela trabalha – e com no máximo trinta alunos por sala de aula, nunca teve problemas graves com disciplina e violência em sala de aula. Do lado de fora, a menos de 100 metros da entrada da escola, há uma “boca” (ponto de venda de drogas), mas a professora garante que traficantes não atrapalham a escola.
Para “não ostentar”, ela anda com um carro popular, sem ar condicionado e sem rádio. O aparelho foi roubado na porta da escola, por um “maninho” do bairro. “Os meus alunos sabiam quem foi e queriam ir atrás, mas achei melhor deixar quieto”, conta.
Além do amor pelos alunos e pela equipe da escola pública, a segurança de ser efetiva no Estado também conta. “Meu pai teve que se exilar durante a Ditadura Militar e sei o que é passar necessidade. Por isso valorizo ter um emprego garantido.” O mestrado em História da Ciência, sobre o poeta Augusto de Campos, feito na PUC-SP, foi bancado por um programa do Estado, outro ponto positivo que ela destaca.
Exceção
Anaídes não é regra. É exceção. Nas escolas particulares de elite de São Paulo, é difícil encontrar professores que se dividam em escolas públicas diante da diferença brutal de salário. “Todo professor deveria trabalhar pelo menos um período da carreira na rede pública. A gente aprende muito”, diz.
Infelizmente, a reportagem do iG não pôde acompanhar como é o trabalho da professora Anaídes na Escola Estadual Professor Paulo Octavio de Azevedo porque não foi autorizada. A Secretaria de Estado da Educação afirmou que a presença da reportagem “atrapalharia o processo pedagógico” e não permitiu a entrada nem para fotografar a professora.
VEJA O MAPA, E A DISTÂNCIA ENTRE UMA ESCOLA E OUTRA
http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/entre+dois+mundos+professora+da+aula+em+escola+publica+e+privada/n1597027289143.html
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Mais de 15 mil estudantes de escolas públicas do PR já acessam o Portal Planeta Sesi
Mais de 15 mil estudantes de escolas públicas paranaenses com idades de 4 a 10 anos já acessam o Portal Planeta Sesi (www.planetasesi.org.br). Temas como saúde, empreendedorismo, meio ambiente, lazer, cultura, esporte, cidadania e nutrição e voltados as profissões da indústria podem ser encontrados no portal para enriquecer o aprendizado.
Criado pelo Sesi Paraná, em iniciativa pioneira no Estado, o portal foi desenvolvido com tecnologias educacionais avançadas, e contem conteúdo para alunos da educação infantil e primeiras séries do ensino fundamental. Além de complementar o aprendizado em sala de aula, o conteúdo ajuda no desenvolvimento da criança, dentro e fora da escola, e a familiariza com o computador.
O portal é oferecido gratuitamente às prefeituras, e conta com a adesão de 85 delas. Lançado em 2010, o projeto é acessado por 262 escolas municipais. Somente em abril e maio e até os primeiros 15 dias de junho, foram mais de 15 mil acessos – de uso efetivo da ferramenta.
"O Sesi fez uso de sua experiência de mais de 60 anos em educação e produziu uma ferramenta avançada, com conteúdos que despertam a atenção e o interesse dos estudantes, de maneira lúdica", diz o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures.
O conteúdo do Planeta Sesi é desenvolvido pela Gerência de Educação do Sesi Paraná e atualizado a cada 15 dias. Segundo a gerente do Sesi na área de Negócios e Relacionamentos com Sindicatos, Maria Aparecida Lopes, em função da interatividade permitida pela rede, as próprias prefeituras cadastradas têm sugerido os novos temas a serem trabalhados no portal.
"Cada sugestão é, então, analisada por uma equipe técnica do Sesi, especialmente preparada para trabalhar com mídias educacionais", explica. Segundo a gerente, os professores têm contribuído bastante na sugestão dos temas, o que enriquece ainda mais os conteúdos online.
Atividades relacionadas aos idiomas espanhol e inglês, por exemplo, são algumas propostas que estão sendo estudadas para serem inseridas no portal.
Além do teor educativo, o Planeta Sesi possibilita uma via de comunicação entre os pais, professores e equipes pedagógicas. "Com isso, eles podem obter informações e orientação sobre como trabalhar com as crianças questões pertinentes ao dia a dia, como saúde, nutrição e lazer, entre outros – justamente os assuntos abordados no Planeta Sesi", diz a gerente.
Segundo Maria Aparecida, a receptividade das Secretarias Municipais de Educação em relação à iniciativa do Sesi Paraná tem sido muito positiva. "O portal Planeta Sesi está sendo considerado como uma ferramenta útil inclusive nas aulas de informática e do contraturno das escolas", afirma.
disponível em: (www.odiario.com(Maringá))
Criado pelo Sesi Paraná, em iniciativa pioneira no Estado, o portal foi desenvolvido com tecnologias educacionais avançadas, e contem conteúdo para alunos da educação infantil e primeiras séries do ensino fundamental. Além de complementar o aprendizado em sala de aula, o conteúdo ajuda no desenvolvimento da criança, dentro e fora da escola, e a familiariza com o computador.
O portal é oferecido gratuitamente às prefeituras, e conta com a adesão de 85 delas. Lançado em 2010, o projeto é acessado por 262 escolas municipais. Somente em abril e maio e até os primeiros 15 dias de junho, foram mais de 15 mil acessos – de uso efetivo da ferramenta.
"O Sesi fez uso de sua experiência de mais de 60 anos em educação e produziu uma ferramenta avançada, com conteúdos que despertam a atenção e o interesse dos estudantes, de maneira lúdica", diz o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures.
O conteúdo do Planeta Sesi é desenvolvido pela Gerência de Educação do Sesi Paraná e atualizado a cada 15 dias. Segundo a gerente do Sesi na área de Negócios e Relacionamentos com Sindicatos, Maria Aparecida Lopes, em função da interatividade permitida pela rede, as próprias prefeituras cadastradas têm sugerido os novos temas a serem trabalhados no portal.
"Cada sugestão é, então, analisada por uma equipe técnica do Sesi, especialmente preparada para trabalhar com mídias educacionais", explica. Segundo a gerente, os professores têm contribuído bastante na sugestão dos temas, o que enriquece ainda mais os conteúdos online.
Atividades relacionadas aos idiomas espanhol e inglês, por exemplo, são algumas propostas que estão sendo estudadas para serem inseridas no portal.
Além do teor educativo, o Planeta Sesi possibilita uma via de comunicação entre os pais, professores e equipes pedagógicas. "Com isso, eles podem obter informações e orientação sobre como trabalhar com as crianças questões pertinentes ao dia a dia, como saúde, nutrição e lazer, entre outros – justamente os assuntos abordados no Planeta Sesi", diz a gerente.
Segundo Maria Aparecida, a receptividade das Secretarias Municipais de Educação em relação à iniciativa do Sesi Paraná tem sido muito positiva. "O portal Planeta Sesi está sendo considerado como uma ferramenta útil inclusive nas aulas de informática e do contraturno das escolas", afirma.
disponível em: (www.odiario.com(Maringá))
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Violência em sala de aula vira caso de polícia em CURITIBA e Salvador!!!
CURITIBA - A violência em sala de aula virou caso de polícia em duas escolas públicas no País. Em uma delas, um professor foi acusado de dar um soco em um aluno de 14 anos. Na outra, o estudante saiu algemado da sala de aula depois de discutir com o vice-diretor.
Em Curitiba, um colega filmou o momento em que o aluno Adauto Luz, 20 anos, saiu algemado do colégio. Ele estuda no 2º ano do ensino médio.
O motivo da prisão foi uma agressão verbal a um vice-diretor. A gravação registra a revolta de uma professora com a prisão. Ela diz que sentiu-se agredida com a entrada da PM na aula.
O vice-diretor disse que estava cansado de ser xingado pelo aluno, muitas vezes na frente de outras pessoas, e que quando as tentativas de diálogo se esgotaram, ele chamou a polícia.
- Ele disse que eu estava sentado de forma indevida na sala e eu chamei ele de mentiroso na frente de uma pedagoga e de um professora - disse o aluno.
A Polícia Militar disse que houve desacato à autoridade. Adauto passou três horas na delegacia e foi liberado.
Em Salvador, outra discussão em escola virou caso de polícia. Alunos acusam um professor de agredir um aluno de 14 anos com um soco. O motivo da discórdia seria uma caixa de som ligada durante o recreio.
- Ele passou por mim e pediu a caixa de som. Eu falei que não ia dar. Ele começou a apertar meu braço e me levar para a direção. E eu falei que não ia ficar por isso mesmo, não. Quando eu falei isso, ele me deu um murro no peito - conta o adolescente.
O professor Lázaro Esteves dos Santos nega a agressão e diz que foi ameaçado pelo estudante.
- Ele me ameaçou dizendo que isso não ia ficar assim.
Para especialistas em educação, casos envolvendo alunos e professores só deveriam chegar à polícia em último caso.
- O que o professor poderia fazer nesse momento seria buscar auxílio entre seus colegas e superiores, relatando o que está acontecendo e, em equipe, dizer o que está acontecendo- diz a psicóloga Maria Elizabeth Haro.
disponível em: (www.oglobo.globo.com)
Em Curitiba, um colega filmou o momento em que o aluno Adauto Luz, 20 anos, saiu algemado do colégio. Ele estuda no 2º ano do ensino médio.
O motivo da prisão foi uma agressão verbal a um vice-diretor. A gravação registra a revolta de uma professora com a prisão. Ela diz que sentiu-se agredida com a entrada da PM na aula.
O vice-diretor disse que estava cansado de ser xingado pelo aluno, muitas vezes na frente de outras pessoas, e que quando as tentativas de diálogo se esgotaram, ele chamou a polícia.
- Ele disse que eu estava sentado de forma indevida na sala e eu chamei ele de mentiroso na frente de uma pedagoga e de um professora - disse o aluno.
A Polícia Militar disse que houve desacato à autoridade. Adauto passou três horas na delegacia e foi liberado.
Em Salvador, outra discussão em escola virou caso de polícia. Alunos acusam um professor de agredir um aluno de 14 anos com um soco. O motivo da discórdia seria uma caixa de som ligada durante o recreio.
- Ele passou por mim e pediu a caixa de som. Eu falei que não ia dar. Ele começou a apertar meu braço e me levar para a direção. E eu falei que não ia ficar por isso mesmo, não. Quando eu falei isso, ele me deu um murro no peito - conta o adolescente.
O professor Lázaro Esteves dos Santos nega a agressão e diz que foi ameaçado pelo estudante.
- Ele me ameaçou dizendo que isso não ia ficar assim.
Para especialistas em educação, casos envolvendo alunos e professores só deveriam chegar à polícia em último caso.
- O que o professor poderia fazer nesse momento seria buscar auxílio entre seus colegas e superiores, relatando o que está acontecendo e, em equipe, dizer o que está acontecendo- diz a psicóloga Maria Elizabeth Haro.
disponível em: (www.oglobo.globo.com)
MEC vai apurar gasto de R$ 13,6 milhões com livros que ensinam matemática errado
O MEC (Ministério da Educação) vai abrir uma auditoria para apurar os responsáveis pelos erros em 7 milhões de livros de uma coleção usada como material de apoio em escolas públicas na zona rural do país. Ao todo, o governo pagou R$ 13,6 milhões pela impressão das obras.
Cada um dos exemplares da coleção Escola Ativa possui 35 livros - no total, 200 mil coleções foram impressas e distribuídas. Há páginas em branco, textos sem continuidade, contas matemáticas erradas (um trecho aponta que 10 menos 7 é igual a 4 e outro diz que 16 menos 8 é igual a 6), tabuadas equivocadas e outros problemas.
O problema foi detectado em fevereiro, segundo o ministério. A pasta afirmsa que os erros são na maioria de revisão, e eram tão grosseiros que não bastava divulgar uma correção - era preciso suspender a aplicação dos livros do Escola Ativa, o que foi feito.
O MEC afirma que a orientação dada para os professores é não usar o material em sala de aula - a preferência deve ser por livros didáticos. Os livros errados foram enviados a 40 mil salas de aula em 3.109 municípios, presentes em todos os Estados do país.
Investigação
Os detalhes da investigação vão ser publicados no Diário Oficial da União na segunda-feira (6). A auditoria vai ser realizada em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União).
A pasta afirma que vai fazer uma reunião com os coordenadores de escolas da zona rural para decidir o que fazer com relação à coleção de livros. A última versão da coleção Escola Ativa foi impressa por uma gráfica de Curitiba.
disponível em: (www.midianews.com.br)
Cada um dos exemplares da coleção Escola Ativa possui 35 livros - no total, 200 mil coleções foram impressas e distribuídas. Há páginas em branco, textos sem continuidade, contas matemáticas erradas (um trecho aponta que 10 menos 7 é igual a 4 e outro diz que 16 menos 8 é igual a 6), tabuadas equivocadas e outros problemas.
O problema foi detectado em fevereiro, segundo o ministério. A pasta afirmsa que os erros são na maioria de revisão, e eram tão grosseiros que não bastava divulgar uma correção - era preciso suspender a aplicação dos livros do Escola Ativa, o que foi feito.
O MEC afirma que a orientação dada para os professores é não usar o material em sala de aula - a preferência deve ser por livros didáticos. Os livros errados foram enviados a 40 mil salas de aula em 3.109 municípios, presentes em todos os Estados do país.
Investigação
Os detalhes da investigação vão ser publicados no Diário Oficial da União na segunda-feira (6). A auditoria vai ser realizada em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União).
A pasta afirma que vai fazer uma reunião com os coordenadores de escolas da zona rural para decidir o que fazer com relação à coleção de livros. A última versão da coleção Escola Ativa foi impressa por uma gráfica de Curitiba.
disponível em: (www.midianews.com.br)
sexta-feira, 3 de junho de 2011
IDEB 2011 !!!
Curitiba deve ter melhor marca na nota do IDEB, entre as capitais de todo o Brasil, pelo 4º ano consecutivo.
Curitiba deve superar a média 6.0 no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2011 e continuar pelo quarto ano com a melhor pontuação entre as cidades brasileiras, antecipando em quatro anos a previsão do Ministério da Educação. Uma das principais metas da Educação para 2011 é manter Curitiba com o melhor Ideb do Brasil, com pontuação acima de 6.0, superando o índice de 2010, que foi de 5.7, acima dos 5.5 definidos pelo Ministério da Educação.
Outro avanço na Educação, em Curitiba, é com ampliação das vagas em creche, onde o compromisso da prefeitura é chegar até o fim de 2011 com mais 5.600 crianças atendidas, seja em creches públicas ou em creches conveniadas. A meta para 2012 são 9.283 novas vagas. A prefeitura já entregou três novas creches, está construindo 9, o prefeito assinou a ordem de serviço para construção de mais 8, de outras duas reformas e uma ampliação. No total, serão mais 4.128 vagas.

prefeito de Curitiba, Luciano Ducci.
disponível em: (http://www.fepamef-pr.org.br/)
Curitiba deve superar a média 6.0 no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2011 e continuar pelo quarto ano com a melhor pontuação entre as cidades brasileiras, antecipando em quatro anos a previsão do Ministério da Educação. Uma das principais metas da Educação para 2011 é manter Curitiba com o melhor Ideb do Brasil, com pontuação acima de 6.0, superando o índice de 2010, que foi de 5.7, acima dos 5.5 definidos pelo Ministério da Educação.
Outro avanço na Educação, em Curitiba, é com ampliação das vagas em creche, onde o compromisso da prefeitura é chegar até o fim de 2011 com mais 5.600 crianças atendidas, seja em creches públicas ou em creches conveniadas. A meta para 2012 são 9.283 novas vagas. A prefeitura já entregou três novas creches, está construindo 9, o prefeito assinou a ordem de serviço para construção de mais 8, de outras duas reformas e uma ampliação. No total, serão mais 4.128 vagas.

prefeito de Curitiba, Luciano Ducci.
disponível em: (http://www.fepamef-pr.org.br/)
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